sexta-feira, 25 de junho de 2010

A portuguesa

Nesta sexta-feira de confronto com nossos "patrícios", deixo aqui uns versos de Florbela Espanca:

Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d’açucenas

Escreve-me! Há tanto, há tanto tempo
Que te não vejo, amor! Meu coração
Morreu já, e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d’oração!

“Amo-te!”Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d’amor e felicidade!

Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então…brandas…serenas…
Cinco pétalas roxas de saudade…

1 comentários:

Melissa Barbosa disse...

Q lindo esse poema!