segunda-feira, 28 de junho de 2010

La Chascona

Como o adversário de hoje é o Chile, prestarei uma homenagem a Neruda.

Me gustas cuando callas porque estás como ausente,

y me oyes lejos, y mi voz no te toca.

Parece que los ojos se te hubieran velado

y parece que un beso te cerrara la boca.



Como todas las cosas están llenas de mi alma

emerge de las cosas, llena de alma mía.

Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,

y te pareces a la palabra melancolia.



Me gustas cuando callas y estás como distante.

Y estás como quejándote, mariposa en arrulo

Y me oyes desde lejos y mi voz no te alcanza:

déjame que me calle com el silencio tuyo.


Déjame que te hable también con tu silencio.

Claro como una lámpara, simple como un anillo

Eres como la noche, callada y constelada

Tu silencio és de estrella, tan lejano y sencillo.


Me gusta cuando callas porque estás como ausente.

Distante y dolorosa como se hubieras muerto.

Una palabra entonces, una sonrisa bastan.

Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A portuguesa

Nesta sexta-feira de confronto com nossos "patrícios", deixo aqui uns versos de Florbela Espanca:

Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d’açucenas

Escreve-me! Há tanto, há tanto tempo
Que te não vejo, amor! Meu coração
Morreu já, e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d’oração!

“Amo-te!”Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d’amor e felicidade!

Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então…brandas…serenas…
Cinco pétalas roxas de saudade…

domingo, 6 de junho de 2010

Herbsttag

Dia de outono

"Senhor, foi um verão imenso: é hora.

Estende as tuas sombras nos relógios

de sol e solta os ventos prado afora..."

Tradução de Nelson Ascher para o poema Herbsttag de Rainer Maria Rilke. Confira a íntegra no blog do Antonio Cicero.

Amarelo indescritível


Por mais de 15 dias, esse blog não recebeu novos posts. Devo admitir, é um péssimo começo. Às vezes, confesso, sinto dificuldades em escrever. Prefiro as imagens, as janelas entreabertas e o amarelo impronunciável dos plátanos - talvez a palavra mais exata seria indescritível.

As fotografias que acompanham o post foram feitas neste domingo em Morro Reuter.