Como o adversário de hoje é o Chile, prestarei uma homenagem a Neruda.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran velado
y parece que un beso te cerrara la boca.
Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerge de las cosas, llena de alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolia.
Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrulo
Y me oyes desde lejos y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle com el silencio tuyo.
Déjame que te hable también con tu silencio.
Claro como una lámpara, simple como un anillo
Eres como la noche, callada y constelada
Tu silencio és de estrella, tan lejano y sencillo.
Me gusta cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como se hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
A portuguesa
Nesta sexta-feira de confronto com nossos "patrícios", deixo aqui uns versos de Florbela Espanca:
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d’açucenas
Escreve-me! Há tanto, há tanto tempo
Que te não vejo, amor! Meu coração
Morreu já, e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d’oração!
“Amo-te!”Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d’amor e felicidade!
Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então…brandas…serenas…
Cinco pétalas roxas de saudade…
domingo, 6 de junho de 2010
Herbsttag
Dia de outono
"Senhor, foi um verão imenso: é hora.
Estende as tuas sombras nos relógios
de sol e solta os ventos prado afora..."
Tradução de Nelson Ascher para o poema Herbsttag de Rainer Maria Rilke. Confira a íntegra no blog do Antonio Cicero.
"Senhor, foi um verão imenso: é hora.
Estende as tuas sombras nos relógios
de sol e solta os ventos prado afora..."
Tradução de Nelson Ascher para o poema Herbsttag de Rainer Maria Rilke. Confira a íntegra no blog do Antonio Cicero.
Amarelo indescritível
Por mais de 15 dias, esse blog não recebeu novos posts. Devo admitir, é um péssimo começo. Às vezes, confesso, sinto dificuldades em escrever. Prefiro as imagens, as janelas entreabertas e o amarelo impronunciável dos plátanos - talvez a palavra mais exata seria indescritível.
As fotografias que acompanham o post foram feitas neste domingo em Morro Reuter.